Encontros para discutir os mais diversificados temas - Literatura, Arte, Meios de Comunicação - e suas influências.

É acesso à Cultura através da leitura.

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nova Edição - 2012

     A Edição 2011 encerrou-se em novembro / 2011.

     Agora entramos na fase de Planejamento para 2012, com previsão de oferecer cursos em agosto / 2012.

     Fiquem atentos e deem sugestões!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Hora de Retornar!

 A Coordenação do Circuito do Livro convoca todos os participantes para uma reunião nesta sexta-feira dia 04/11 para discutirmos a continuidade dos trabalhos do Circuito do Livro
 Contamos com a presença e participação de todos!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Início das Atividades do 2º Semestre

 O Circuito do Livro retoma sua atividades neste Sexta-feira dia 12/08 com um Cine-Pipoca.

 Não deixem de conferir o cronograma para este segundo semestre.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Corina Lopes

Produção para a “Oficina de texto narrativo” ministrada pela professora Cleide Montanini no Circuito do Livro no dia 06 de junho 2011. O texto destaque é do aluno Gabriel Lúcio de Oliveira o qual a professora teve o prazer de pegar em sua mão para cumprimentá-lo pela brilhante produção.

Corina Lopes


Contemplo a paisagem que se arrasta sobre a janela: campos, gado, serras e um céu acinzentado denunciando a chegada de uma chuva que limpará o céu de todas as suas impurezas. Não há sol. Minha casa, com todas as outras janelas fechadas, que está encoberta por um manto de escuridão que deixa cada canto de minha morada com um aspecto sombrio.

Espero a chegada da tempestade sozinha, alheia ao mundo, e inundada a pensamentos. Meu marido, o Lopes, é comerciante e foi à cidade cuidar de negócios. Provavelmente está ao lado de mulheres jovens e nuas que prefere chamá-las de clientes. Não tive filhos. Meu marido me condena todos os dias pela minha incapacidade reprodutiva. “Você não presta nem pra fazer uma única obrigação de uma mulher, Corina!” ,disse-me certa vez.

Quando me dera ter um filho que me fizesse companhia, que quebrasse todos os meus diários momentos de solidão com seu cálido sorriso. O beijaria. Abraçaria. Ouviria suas primeiras palavras com alegria. Aliviaria seu choros noturnos, com o medo de fantasia que só existem em seu imaginário. Só nós dois, nesta casa, e ninguém mais. Um ajudando o outro a suportar a vida.

Já tenho meus cinquenta anos. Meu corpo já esgotou o prazo para gerar uma vida. Terei de suportar o tempo que me resta sozinha. Durante o dia, sou só eu e meus pensamentos. À noite, meu marido mal me olha. Só tenho validade para cozinhar, lavar, arrumar e ceder. Quando me deito, meu marido sobe em mim e cessa todo seu desejo. Seus instintos sexuais arrancam minha roupa, e seus olhos ardentes contemplam minha nudez. Suas mão grandes e fortes personificam a força e agressividade masculina tateando todo meu corpo com violência. Depois de cumprida minha tarefa se vira, e dorme. A mim, só me resta o silêncio.

As nuvens já não conseguem suportar o peso da umidade. Chove. Raios descem da imensidão celestial e caem em direção ao nada, realizando estrondos imensos. As gotas de água que caem do céu não são mais pesadas que essas lágrimas que descem sobre minha face. Os raios que chegam do infinito não gritam mais do que meus pensamentos ocultos.

Sinto-me todos os dias ao pé desta janela e me ponho a pensar. Vejo sempre a mesma paisagem e imagino um mundo além das serras ao horizonte que não tenho esperanças em rever. Nutro-me da solidão, vivo de pensamentos, sobrevivo de ilusões. Sou uma mulher sentada junto à janela à espera da morte, pois a vida, a vida é breve. Breve como a espuma. Há muito me conformei com meu destino. Resta-me apenas aguardar o fim e o silêncio da existência.

Gabriel Lúcio de Oliveira

terça-feira, 7 de junho de 2011

As Narrativas

O CICLO NARRATIVO

Nos textos essencialmente narrativos, predominam as frases verbais, que indicam um processo, estamos nos referindo a uma sucessão de estados ou de mudanças. É exatamente isso que acontece num texto narrativo: uma seqüência de acontecimentos (portanto, há uma progressão temporal) que levam a uma transformação, a uma mudança.
Dessa forma, a narrativa tem como ponto de partida uma situação inicial, que se desenvolve para chegar a uma situação final, diferente da inicial.
  • Situação inicial(ou apresentação) – o(s) personagem(ns) é (são) apresentado(s) numa determinada situação temporal e espacial;
  • Desenvolvimento(complicação) – apresenta-se um conflito, e a ação se desenvolve até chegar ao clímax e,em seguida, a um desfecho;
  • Clímax: é o ponto culminante da história, o de maior tensão, quando o conflito atinge seu ponto máximo, gerando ansiedade no leitor.
  • Situação final.(desfecho)- passado o conflito, o(s) personagem(ns) é (são) apresentado(s) em uma nova situação – há claros indícios de transformação, de mudança em relação ao início da narrativa.
A ficção - do realismo ao fantástico

Um dos textos mais antigos sobre o conceito de arte literária é a Poética, de Aristóteles (384-322 a.C.). Nesse texto clássico o filósofo grego afirma que “arte é imitação”. E justifica: “o imitar é congênito do homem,e os homens se comprazem no imitado.” Ou seja, o imitar faz parte da natureza humana e os homens sentem prazer nisso.
Segundo Aristóteles o artista recria a vida ,mostrando-nos não como ela é, e sim como poderia ser. Daí o artista criar obras de ficção.
A palavra ficção vem do latim fictio, que deriva do verbo fingere, cujo significado é “modelar”, “criar”, “inventar”. Ao se identificar uma narrativa como ficcional, observa-se nela uma realidade criada, imaginária, não real
.Dessa forma, os acontecimentos, numa narrativa ficcional, simulam uma situação possível, inventada ou recriada pelo autor a partir da realidade (Verossimilhança)
Na Literatura, a ficção é uma das características da obra literária, pois ela sempre apresenta uma interpretação particular, original e subjetiva da realidade. Toda narrativa ficcional é construída a partir de elementos da realidade (universo real onde o autor está inserido), algumas vezes recheada de elementos fantasiosos, muitas outras com alguns elementos inusitados, outras ainda, com situações e personagens retratados com muita fidelidade; portanto, o universo imaginário pode ser mais ou menos “real”. Podemos dizer, então, que o ficcionismo abrange narrativas que vão desde o universo mais fantástico até o universo realista.

Autor versus narrador

Assim como na poesia podemos distinguir o eu poético e o poeta – aquele, a voz da enunciação criada no poema; este, o responsável pela criação e construção do poema -, reconhecemos na narrativa ficcional o narrador e o autor – aquele, a voz que relata os acontecimentos, este, o responsável pela criação e construção da narrativa.
O narrador é, portanto, uma criação do autor, com o qual pode se assemelhar em menor ou maior escala, ou mesmo não se assemelhar em nada. Como diz Salvatore D’Onofrio: “ o autor pertence ao mundo realidade histórica, o narrador a um universo imaginário: entre os dois mundos há analogias e não identidades”.
O escritor (romansista, contista, novelista) é um ser real que se utiliza de um narrador (se fictício), que, por sua vez, vai nos relatar aquilo que o escritor cria, inventa, imagina..

ELEMENTOS DA NARRATIVA

1. Foco Narrativo: é a perspectiva por meio do qual o narrador relata os acontecimentos da narrativa. Pode-se afirmar que é, ao lado do enredo, a principal definição que o autor faz antes de iniciar a narração.
           De modo geral, a narrativa aparece em primeira ou em terceira pessoa.Daí falar-se em:
  • Foco narrativo de terceira pessoa: o narrador não participa ativamente dos acontecimentos; a narração ganha maior objetividade. Nas narrativas em terceira pessoa, o narrador pode ser onisciente ou observador.
    1. o narrador onisciente/ou intruso conhece toda a história que relata e até os pensamentos dos personagens envolvidos nela, fala com o leitor e julga o comportamento das personagens.;
    2. o narrador observador não conhece toda a história, apenas relata os fatos à medida que eles vão acontecendo; não pode, portanto, fazer antecipações, nem variações no relato da história.
  • Foco narrativo de primeira pessoa:
  1. narrador-testemunha: vive os fatos narrados como personagem secundária, condição em que pode observar os acontecimentos e dar testemunho deles ao leitor, de modo mais direto e verossímel, sem, no entanto, conseguir saber o que se passa no pensamento dos demais personagens, apenas lançar hipóteses sobre o que viu ou ouviu.
  2. narrador-protagonista(ou coadjuvante): vive os fatos como personagem principal.Também não tem acesso aos pensamento das demais personagens e narra acontecimentos limitando-se às suas percepções, pensamentos e sentimentos.

    • Enredo(como?): é a própria trama da narrativa, ou seja, o desenrolar dos acontecimentos. A palavra enredo remete ao campo lexical do ato de tecer, de entrelaçar os fatos. Enredo, ou trama, ou intriga, é podemos dizer, o esqueleto da narrativa, aquilo que dá sustentação à história, o que a estrutura, ou seja, é o desenrolar dos acontecimentos ( é a linha se entrelaçando, formando a malha, a trama, a rede, o tecido, o texto). Geralmente, o enredo está centrado num conflito, responsável pelo nível de tensão da narrativa.
  • Personagens(quem?): a palavra personagem deriva do vocabulário latino persona , que significa “máscara” (no teatro greco-latino os atores utilizavam máscaras para representar os que interpretavam).
O personagem na narrativa pode ser uma pessoa com característica reais ou imaginárias, ou a personificação de animais, ideias, forças da natureza.
Quanto à sua importância na trama, os personagens podem ser principais e secundários.
O personagem principal de um narrativa é chamado de protagonista(o principal ator ou lutador) e, dependendo do escritor e do estilo de época, pode ser apresentado de maneira mais idealizada ou mais próxima do real. O protagonista, via de regra, vai se defrontar com o antagonista – o que luta contra algo ou alguém que já denunciam o conflito.
  • Espaço(onde?) da narrativa é o lugar onde decorre a ação do enredo, onde se movimentam os personagens.Geralmente, a apresentação do espaço é marcada por seqüências descritivas no meio da narrativa. Em algumas narrativas, o espaço ganha importância por assumir o papel de personagem ou por se identificar com um personagem específico, seja por suas características, seja por seu estado emocional. Sendo, portanto físico(ou geográfico) ou social (ambiente).

  • Tempo(quando?): se a narrativa está baseada numa progressão temporal, sem dúvida o elemento tempo é de suma importância para indicar a sucessão das horas, dos dias, dos anos assim como a noção de presente, passado e futuro.
As narrativas podem basear-se num tempo cronológico, ou seja, aquele medido ora pela natureza (a passagem do dia para a noite), ora por mecanismos de medição temporal (como relógio ou a divisão em anos, meses, semanas etc.). O tempo cronológico marca a noção temporal mensurável do enredo. Diferentemente o tempo psicológico, que não é racionalmente mensurável, já que se trata de um tempo que pertence ao mundo interior do personagem. Ele é marcado pelas sensações vivenciadas pelo personagem em relação a um determinado momento temporal: um minuto pode ter uma duração de dez anos ou dez anos podem ter a duração de um minuto.

As várias vozes presentes nos textos
Tipos de discurso (diálogos/monólogos)

Nos gêneros narrativos ficcionais, há três modos básicos de inserir o discurso das personagens no discurso do narrador: o discurso direto, o indireto e o indireto livre. O uso desses tipos de discurso em textos narrativos depende de um conjunto de fatores que convém conhecer. O discurso direto torna a narrativa mais ágil; permite ao leitor visualizar a cena, isto é, enxergá-la como se tivesse assistindo a ela; destaca e valoriza as personagens; reproduz com maior fidelidade o que as personagens falam e o modo como falam de maneira a concentrar toda a carga dramática possível. O discurso indireto ocorre quando o narrador reproduz com suas palavras a fala das personagens. O discurso indireto livre ocorre quando o narrador insere discretamente a fala ou os pensamentos das personagens em sua fala. Esse tipo de discurso atende à postura do narrador que não participa da história, mas se instala dentro de suas personagens, confundindo sua voz com a delas.

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS:
  1. conto maravilhoso;
  2. fábula;
  3. lenda;
  4. narrativa de aventura;
  5. narrativa de ficção científica;
  6. narrativa de enigma;
  7. narrativa mítica;
  8. biografia romanceada;
  9. romance;
  10. romance histórico;
  11. novela fantástica;
  12. novela;
  13. conto;
  14. crônica literária;
  15. adivinha;
  16. piada;
  17. parábola;
  18. etc.
BIBLIOGRAFIA:

Cereja, Willian Roberto
Texto e interação: Willian Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães.
___ 3. ed. Ver. e ampl. __ São Paulo: Atual, 2009.
Terra, Ernani
Práticas de linguagem: leitura & produção de textos/Ernani Terra, José de Nicola.
­­__ São Paulo. Scipione, 2008.
Ferreira, Marina
Redação: palavra e arte: ensino médio/ Marina Ferreira. ___ 2.ed.
___ São paulo: Atual. 2006.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dicas para Passar no Vestibular

Por Alex Barra - Psicólogo


Dica é igual àquela frase: “se conselho fosse bom não se dava, se vendia”. A verdade é que a dica só mexe com quem anda antenado. Quem passa no vestibular, passa porque tem organização. Esse é o ponto-chave. Não se deve pensar muito nos conteúdos, se são bons, ou ruins...deve-se estudar igual alguns adolescentes fazem quando estão querendo ganhar massa muscular. Come-se oito vezes durante o dia. Então é assim: ao invés de fazer a dieta da hipertrofia, faça-a, do estudo. Ou seja: estude tudo!

Prática
Aprenda de tudo. Leia de tudo. Claro, dê prioridade sempre àquilo que é essencial. Se é essencial saber escrever, então, escreva duas redações por semana, e passe a um professor para corrigir. Se se tem que aprender matemática então estude o conteúdo. É importante dedicar parte do tempo à prática. Não adianta estudar os conceitos e exercitar pouco. Também não vale fazer muitos exercícios sem conhecer a teoria. Concilie: dedique 60% do estudo à teoria e depois, mande ver na prática.
Muitos alunos acertam exercícios difíceis não porque são mais inteligentes, mas porque já tinham feito um ou outro exercício daquela natureza. Ou seja, isso significa que fazer simulado é importante. Eu sugiro que o estudante faça em torno de 4 simulados por ano.

Concentração
Estudar é bom quando se imagina que, a partir daquela maratona maluca do vestibular, se poderá ganhar um troféu. Ou seja, a competição do vestibular permite que haja um prazer no estudo. E isso acontece quando o estudante aprende os conceitos. E como ele saberá disso? Respondendo às perguntas. Então, vai aí uma boa dica: troque figurinhas com um colega. Um lembrete: estudar em grupo geralmente não dá certo. Utilize o grupo apenas para testar seus conhecimentos. Lazer é coisa de final de semana. Seja rigoroso nisso. Brincar, se divertir e mesmo namorar, só no final de semana. Isso é que vai permitir que o estudante tenha boa concentração nos estudos.

Malhar
A musculação ou mesmo uma corrida são essenciais para melhorar a disposição do estudante. Então, faça-a. Isso trará benefícios à você. Quando se está malhando, principalmente em atividades aeróbicas, em função da endorfina, percebe-se uma melhora no bem estar. Isso tem uma repercussão positiva, pois se o estudante tem bem estar, então sua concentração será melhor. Outro ponto: tem gente que estuda, aprende e esquece. Ou seja: não consegue lembrar dos conteúdos. Isso ocorre por que? Porque o estudante não está relacionando os conteúdos com o cotidiano. Ou seja: está apenas decorando. Malhar, vai ajudar o vestibulando a se concentrar melhor. Então vai a dica: tudo que você estiver estudando, tente relacionar com o dia a dia, e aprenda as exceções, que são essenciais para quem quer passar no vestibular. Não adianta saber a regra geral da crase, se o bendito problema são as exceções. E como se aprende as exceções?: praticando muitos exercícios!. Isso permitirá que você “mecanize”, isto é, aprenda involuntariamente, favorecendo a lembrança afetiva e não somente a decoreba solta.

Assista Filmes
Às vezes o adolescente acha que somente ele no mundo está estudando aquele conteúdo esquisito, como a fórmula do mol/molecular. Então, vai aí outra dica: assista filmes. Tanto as video-aulas que são importantes para facilitar a memorização, como filmes de ficção. Se o assunto é literatura, história ou geografia, procure videos que te auxiliem no entendimento dos fatos. A pior coisa do mundo é estudar algo que não se está vendo. Ou seja: tem que imaginar situações, se se poderia enxergá-las diretamente. Então, para isso, corra atrás de documentários ou videos de ficção (os filmes comuns de locadoras).

Pense no estudo e não na prova
Última dica: esqueça a prova. Lembre-se somente do estudo. A não ser quando for fazer os simulados. Tirando isso se dedique ao estudo. Tem estudante que se preocupa com os concorrentes e com a prova. Esqueça isso. Se preocupe com você e com seu estudo. Agora, claro: você deve ocupar todo seu tempo com o estudo. Se está no último ano do ensino médio, pense: você tem 08 horas diárias de estudo. Esse é seu trabalho. Eu sei que é chato. Quem disser que gosta de estudar binônimo de Newton, eu tenho minhas dúvidas. Ou seja: existem muitos conteúdos chatos. A questão não é essa. Isso não é novidade nenhuma. Novidade não é saber da chatice do assunto, novidade é saber ter jogo de cintura e transformar o conteúdo, que é um xarope azedo, em alimento saudável. Como se faz isso? Simples: tendo ambição. Quem tem ambição, passa em qualquer vestibular. Se você não tem, trate de arrumá-la. Ela é sua porta para o futuro!